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29 dezembro 2007
Na senda do progresso e da inovação
A interrupção por umas semanas da actividade do Cabaret Volteire provocou grande agitação nos mercados de capitais e nos principais meios do aparato mediático. Assim, e procurando reassumir o papel que lhe é devido no palco principal da cultura moderna, este espaço não só vai retomar a sua produção, como vai, nos próximos tempos, sofrer algumas profundas mas progessivas alterações, quer no aspecto quer no conteúdo. A partir de agora, à semelhança da secção Lâmina, todos os textos publicados serão acompanhados por imagens produzidas por Nancy Matta-Clark, utilizando ora a técnica do desvio ora a criação de raiz. A única excepção será a secção Marca de Baton, que continuará a publicar imagens recolhidas no fabuloso mundo do ciber-espaço. Todas os textos publicados até agora terão as imagens que lhes estão associadas progressivamente substituídas por novas.
Está, igualmente, a ser objecto de exame rigoroso, por parte do colectivo do Cabaret Voltaire, a integração de nov@s autor@s na equipa e a criação de novas secções. As novidades serão, em tempo útil, divulgadas.
Mais uma vez, com estas medidas, o Cabaret Voltaire, como é seu timbre, posiciona-se na linha da frente do progresso e da inovação.
NM#NG#RM
23 setembro 2007
Teses sobre o imprevisível
1 – Toda a história é a história da construção do imprevisível.
2 – O primeiro átomo do imprevisível é a desconstrução da aparência, ou seja, a descodificação do previsível. Este é o terreno da tecla shift, do desvio-padrão, onde a força é fragilidade em acto e a massa é acidez em potência. Os estabilizadores de energia nada podem contra o curto-circuito.
3 – O real é o código binário, a linguagem-máquina a rodar em loops caleidoscópicos. A aparência é o real tornado interface intuitivo; é a simplificação complexa tornada complexidade simplificada, ou, mais simplesmente, cultura dominante.
4 – A derrota histórica dos projectos de superação do previsível acontece no preciso momento em que colocam como hipótese a transição para um novo sistema operativo programado em código fechado. O reboot, porventura imprevisível acto fundador, completa-se rapidamente, retomando o ciclo virtuoso do tédio e da violência, ou, mais simplesmente, da cultura dominante.
5 – Mais do que a invasão do palco, o princípio do fim do previsível é a destruição da plateia. O amontoado caótico das cadeiras, retira sentido ao palco; transforma-o num decadente cemitério de tribunas, ceptros e panteões. Pode, então, fechar-se a cortina de ferro e a vida verdadeiramente vivida começar.
NM#NG#RM
31 julho 2007
Passatempo
O colectivo que gere o Cabaret Voltaire decidiu entrar, definitivamente, no circo dos lazeres e proporcionar aos(às) noss@s dedicad@s e bem-comportad@s frequentador@s alguns momentos de boa disposição e sã competição. Assim, propomo-vos um passatempo. Como o próprio nome indica, um passatempo serve para passar o tempo, pelo que, seguindo as boas práticas da ideologia do espectáculo, aparentemente, não haverá vencedores nem derrotados. Por conseguinte, não haverá, aparentemente, qualquer prémio neste passatempo. Pela sua própria natureza, a participação no passatempo não deverá implicar qualquer perturbação da agenda quotidiana habitual, devendo apenas acontecer quando mais nada de útil haja a fazer. Para participarem no passatempo, deverão colocar-se de pé e executar os seguintes passos:
1 – Encolher a perna direita;
2 – Tapar o olho direito com a mão esquerda;
3 – Grasnar como um pato durante 20 segundos.
O espaço de aplausos deste post terá todo o prazer em receber os relatos das vossas experiências fabulosas de passagem do tempo.
NM#NG#RM
20 maio 2007
De volta
Nos últimos dias viveram-se momentos históricos: o Cabaret Voltaire reabriu! Não em Zurique, como naqueles 5 meses do longínquo 1916, mas, desta vez, em todo o mundo. Os meios de reprodução ideológica do poder ignoraram arrogantemente tal acontecimento. Talvez por terem percebido que não suportamos mais o tédio da sobrevivência.
Agora que o holograma espectacular do capital atinge o paroxismo, não nos faltam razões para continuamos a exigir viver como pós-sobreviventes, ou seja, a exigir TUDO. Só a destruição da vida parcelada, disfarçada pela simulação agradável do vivido que colonizou a vida quotidiana, possibilitará resgatar a poesia.
Agimos em conformidade:
Provocamos o poder hierarquizado para que o VIRUS se dissemine.
Sabotamos a mercadoria para começarmos a JOGAR.
Ridicularizamos a fé para dessacralizar o REAL.
Descaracterizamos a cidade para que a RUA seja ocupada.
Debochamos da moral para libertar o AMOR.
Destruímos a arte mercantilizada para sermos HUMANOS.
Face à apreensão alienada dos saberes, mantemos com o verdadeiro e o com falso uma relação híbrida. Comecemos para já a confundi-los.
NM#NG#RM
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