Um quarto obscurecido, tingido por tímidos raios de sol. Uma mulher desperta e levanta-se da cama. Dirige-se para a janela. Tenta, sem sucesso, abrir a janela. Em fúria, agarra no candeeiro de cabeceira e atira-o com força contra a vidraça. Um estilhaço atinge-a no braço esquerdo. Sangra. Curva-se, aflita, sobre o braço atingido pelo estilhaço.
Uma enorme praça. A luz, ofuscando. O sol, crepitando. Um homem perscruta o vazio, felino. Começa a correr. Ao passar por trás de uma mulher velha, vetusta, decrépita, puxa-lhe, com assinalável destreza de movimentos, o cordão de ouro que ostenta ao pescoço. Com a força do puxão, a mulher velha, vetusta, decrépita, cai no chão, sangrando do pescoço e gritando roucamente. O homem continua a correr, até desaparecer.
Uma casa de banho baça, bolorenta. Uma mulher velha, vetusta, decrépita, enche a banheira de água. Quando a banheira se encontra cheia de água, despe-se. Olha-se no espelho, como que à procura de memórias distantes. Entra na banheira cheia de água, com um canivete na mão direita. Senta-se e recosta-se até ficar apenas com a cabeça fora da água. Corta calmamente os pulsos, primeiro o esquerdo, depois o direito. Fecha os olhos. A água ruboriza em poucos instantes.
Um quarto mudo de claridade. Um homem e uma mulher, no chão do quarto, fodem como animais enlouquecidos. Ela, de gatas, face esquerda encostada ao soalho pela mão esquerda dele que lhe pressiona a cabeça, gritando descompassadamente. Ele, por trás, metralhando furiosamente, enquanto lhe pressiona a cabeça contra o soalho com a mão esquerda e lhe bate estrepitosamente, a espaços irregulares, nas nádegas, com a mão direita. Enquanto se vem dentro dela, ele curva-se para a frente e morde-lhe com fragor o lóbulo da orelha direita. Ela grita enquanto sangra da orelha mordida. Ele deixa-se cair para o lado esquerdo, extenuado.
Um corredor estreito, implacável. Quase vazio. Escuro. O único objecto visível é uma cadeira de baloiço colocada no centro do corredor. Convictamente imóvel. Algumas gotas de sangue começam a cair do tecto sobre o assento da cadeira de baloiço. A cadeira de baloiço começa a baloiçar.
Uma enorme praça. A luz, ofuscando. O sol, crepitando. Um homem perscruta o vazio, felino. Começa a correr. Ao passar por trás de uma mulher velha, vetusta, decrépita, puxa-lhe, com assinalável destreza de movimentos, o cordão de ouro que ostenta ao pescoço. Com a força do puxão, a mulher velha, vetusta, decrépita, cai no chão, sangrando do pescoço e gritando roucamente. O homem continua a correr, até desaparecer.
Uma casa de banho baça, bolorenta. Uma mulher velha, vetusta, decrépita, enche a banheira de água. Quando a banheira se encontra cheia de água, despe-se. Olha-se no espelho, como que à procura de memórias distantes. Entra na banheira cheia de água, com um canivete na mão direita. Senta-se e recosta-se até ficar apenas com a cabeça fora da água. Corta calmamente os pulsos, primeiro o esquerdo, depois o direito. Fecha os olhos. A água ruboriza em poucos instantes.
Um quarto mudo de claridade. Um homem e uma mulher, no chão do quarto, fodem como animais enlouquecidos. Ela, de gatas, face esquerda encostada ao soalho pela mão esquerda dele que lhe pressiona a cabeça, gritando descompassadamente. Ele, por trás, metralhando furiosamente, enquanto lhe pressiona a cabeça contra o soalho com a mão esquerda e lhe bate estrepitosamente, a espaços irregulares, nas nádegas, com a mão direita. Enquanto se vem dentro dela, ele curva-se para a frente e morde-lhe com fragor o lóbulo da orelha direita. Ela grita enquanto sangra da orelha mordida. Ele deixa-se cair para o lado esquerdo, extenuado.
Um corredor estreito, implacável. Quase vazio. Escuro. O único objecto visível é uma cadeira de baloiço colocada no centro do corredor. Convictamente imóvel. Algumas gotas de sangue começam a cair do tecto sobre o assento da cadeira de baloiço. A cadeira de baloiço começa a baloiçar.
Um quarto obscurecido, etc.
Sem comentários:
Enviar um comentário