Um telefonema anónimo, recebido ao início da madrugada, no Palácio da Presidência, informava que havia sido colocado um engenho explosivo no carro em que o Presidente se deslocaria horas depois. O alerta mobilizou, de imediato, uma equipa especializada da Secção Anti-Bombista da Polícia de Investigação. Pouco tempo após o telefonema, os peritos chegaram ao Palácio Presidencial e passaram a pente fino o veículo em causa. Meia hora bastou para verificar que se estava perante uma brincadeira de mau gosto. No carro não foi encontrado qualquer engenho explosivo, mas, apenas, uma caixa cheia das famosas bombinhas de mau cheiro, vulgarmente utilizadas nas brincadeiras carnavalescas. Devido ao cheiro nauseabundo que exalava, a caixa foi, de imediato, retirada do Palácio, encontrando-se, neste momento, nas instalações da Polícia de Investigação, que, entretanto, já abriu um inquérito para investigar o caso. Segundo foi possível apurar junto de fonte do Gabinete Presidencial, «mais do que a gravidade do incidente, o mais preocupante é perceber o que é que terá falhado no aparelho de segurança do Presidente que tivesse permitido o acesso ao carro.»
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