12 janeiro 2008

Sub-vida #10 Entrevista com um segurança privado do Centro Comercial Central, após detenção de suspeito de actividades terroristas



Pode contar-nos como tudo se passou?
Sim. Eram 9h. O dia começava como habitual. As lojas estavam a abrir e os primeiros clientes iam chegando. Eu, que hoje estava de turno aos Wcs, vi um indivíduo de pele um pouco escura, com barba, entrar no lavabo dos homens. Como achei estranho aquele comportamento, fiquei atento. Como, passados 10 minutos, o indivíduo não saía, resolvi alertar a central da segurança e entrei no WC.

E depois?
Não vi ninguém. Espreitei por baixo das portas dos sanitários e percebi que o suspeito se encontrava num deles. Bati à porta e exigi que abrisse imediatamente. Como não obtive resposta e, entretanto, haviam chegado os meus colegas, arrombámos de imediato a porta.

Era o indivíduo de pele um pouco escura, com barba, que lá estava?
Era. Estava deitado no chão a fingir-se de morto. Conseguiu, inclusivamente, suster a respiração, arrefecer a temperatura do corpo e manter os olhos abertos sem piscar... Vimos logo que se tratava de uma manobra de diversão e abanámo-lo vigorosamente. Mesmo assim não reagiu. Era, claramente, um profissional. Eu já tinha ouvido dizer que estas pessoas se treinam para isto desde a infância, lá na terra deles.

O que aconteceu a seguir?
Não mexemos mais no indivíduo e démos uma ordem interna para que se evacuasse o edifício e se encerrasse as portas até novas indicações. Chamámos a polícia, que entretanto chegou e levou o homem.

1 comentário:

Anónimo disse...

hahaha
preciso saber onde se localiza exatamente esta "cidade natal deles", se não me ensinarem com urgência "como se fingir de morto" não poderei nem sequer fingir tão logo recebo meu boletim policial de São Paulo todas as manhãs com as mais recentes apreensões em Brasília